Três acidentes, três análises a considerar: 1959 - Um cadete da Aeronáutica, efetuando acrobacias, próximo ao Galeão no Rio de Janeiro, bate no Viscount da VASP matando 41 pessoas entre tripulantes, passageiros e atingidos em solo. 1967 - Caça a jato TF-33 da FAB arrancou o leme de direção da cauda do bimotor Piper Azteca de propriedade do Governo do Ceará, no qual viajava o ex-presidente Humberto de Alencar Castello Branco, vitimando-o. Cinco mortes – só o copiloto sobreviveu, aqui presente com incisivo depoimento. 1984 - Um jato F-5, retornando à Base Aérea de Canoas, incide sobre o monomotor Corisco da Embraer, tirando a vida do piloto Dr. Albano José Mallmann, ilustre advogado, presidente da subseção da OAB em Lajeado (RS) e ex-promotor de justiça. Os três casos guardam semelhança. Estiveram envolvidas aeronaves – de um lado, militares, e de outro, civis. As conclusões das investigações foram sempre as mesmas: responsabilidade dos civis, inocência dos militares. Este livro procura demonstrar que, ao menos no terceiro caso, uma outra versão está plenamente comprovada. Por outro lado, a realização de inquéritos policiais militares, em que companheiros de armas analisam conduta de outros companheiros, no mínimo, leva o Judiciário a uma falta de dados indispensáveis a concluir sobre as verdadeiras responsabilidades. Justamente por isso a presença da Ordem dos Advogados (OAB/RS) nas páginas iniciais deste livro, por zelosa que sempre foi esta Instituição quando a Justiça está em jogo.